segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Estou dentro (ou "Ufa!")

Eu juro que não tive muito tempo, de sábado pra cá, pra escrever nada, dar nenhum relato do que aconteceu nem nada parecido. Neste momento, estou com dores enormes nas costas e também na articulação da perna esquerda com os quadris, oque realmente me incomoda, mas tudo bem. Com o tanto de coisa que carreguei nos últimos dias, se explica.

Então, vou dividir a postagem em momentos diversos:

Sábado - 31 de outubro de 2009 - Mudança

Com o passar do tempo, aprendi na vida que se eu ficar me atormentando e antecipando fatos perdendo o sono por causa disso, não teria saúde pra viver a ocasião de verdade porque já tinha "vivido" tudo antes (uuuh, que passagem pseudo-sábia, né?). Como não quero deixar de viver os momentos mais importantes da minha vida, no mês que antecedeu esta mudança, eu queria muito fazer tudo, muito vir logo me instalar, mas isso não me fez de verdade perder um só instante de descanso, especialmente porque o meu volume de trabalho me faz valorizar bastante os momentos de relaxamento. Porque se eu não dormir o suficiente, no outro dia Lucas = bagaço.

Isso tudo aí em cima foi só pra dizer que a véspera pra mim, em relação ao fato da mudança em si, foi um dia igual aos outros. Com a exceção de que trabalhei um bocado com a minha mãe pra arrumar os últimos detalhes. A minha mãe, por sinal, merece uma passagem só pra ela.

Ela nunca morou sozinha. Então, de certa forma, viveu comigo a experiência de sair de casa. No domingo, perguntei pra ela "você está se divertindo, né?". Ela disse que sim, mas era porque eu não sabia de nada que tinha que fazer. Mas eu sei que também porque é uma forma de ter essa experiência que ela não teve. E por mais que eu esteja saindo de casa, os últimos meses que passei na casa dela foram muito, muito bons, maravilhosos. Talvez os melhores de todos os meus 26 anos. Porque a nossa relação nunca foi tão boa, nunca fomos tão amigos e unidos. Mãe, mais uma vez, obrigado por tanta ajuda, tanta compreensão e tanto estímulo.

Ok. A manhã da mudança chegou e eu acordei cedo pra adiantar um monte de trabalho, porque eu ainda trabalhava das 8h às 13h. Que o meu chefe nunca saiba que não esteve um minuto na frente do computador neste período. Mas o trabalho estava completinho, o site atualizado e tudo o mais. Alguns mancebos foram convocados para o trabalho sujo: Maurício, Rafael, Mascarenhas, Evilásio e Victor. Os três últimos não puderam comparecer por motivos, respectivamente, de trabalho, relógio e TCC. Então chamei Rodoxe, que não poderia pegar muito peso, mas daria uma boa ajuda (e deu mesmo, até pegou um bocado de peso!) e é um cara disponível. Rolou também a ajuda da prima Cláudia. Nós quatro colocamos uma sala e um quarto inteiro, além de fogão, geladeira e máquina de lavar, pra dentro. Foi mais fácil do que imaginei que fosse. Mas doeu nos músculos do mesmo jeito.

Uma sala e um quarto originalmente montados em um apartamento de três quartos dos anos 70 podem perfeitamente ocupar um apartamento de dois quartos dos anos 2000 (ou seja, minúsculos) inteiramente. Vou fazer justiça: ele não é assim tão pequeno. Não mesmo. E ainda mais pra um índio sozinho. Pra mim, ele é um planeta.

Eu confesso que desde o começo eu me recusava em morar em um quarto e sala porque fui um menino criado em apartamentos enormes e isso me fez ser mimado em relação a espaço. Claro que não faço idéia do que é morar em uma casa enorme, com quintal, mas sempre tive o privilégio de morar em apartamentos grandes o suficiente pra me espalhar, correr, ter meu canto e fazer nele udo o que eu achasse que podia.

Exatamente por isso, eu determinei que só moraria em um apartamento de dois quartos, porque eu preciso de espaço. Morar em um quarto e sala me faria sentir oprimido pelas paredes. Sem contar que quarto e sala costuma ter aquela aberração chamada cozinha americana. Uma parede pela metade que separa a sala da cozinha, o que na minha mente aristocrática (que acha que sala e cozinha são dois ambientes diferentes e que as refeições têm que ser comidas na sala) é uma coisa inadmissível. Não queria isso pra mim e consegui não ter! Além disto, mora comigo uma enorme bateria e ela precisa do espaço dela. E outros motivos.

Caiu uma chuva tremenda no dia. Antes, durante e depois da mudança. Caiu água no meu tapete lindo. Caiu água no sofá, em caixa de livro e nas sacolas da bateria. O estofado sofá se desmanchou um pouco do lado, ficou fedeeeendo! Precisamos de muita matemática espacial pra colcoar certos objetos escada abaixo (eu moro no terceiro subsolo) e, especialmente, um monte de força e paciência. Mudança é um saco!

Como eu disse antes, foi mais fácil do que pensei e, umas duas horas depois que chegamos ao destino, estávamos com tudo lá dentro, ainda que tudo fora do lugar. pelo menos tinha um sofá montado e algumas cadeiras. Deu pra ficarmos jogando conversa fora todo mundo e fechando a janela pra que a chuva não entrasse. Afinal, o apartamento é muito bem servido de ventilação. Parece que fica no meio do caminho do furacão. Dá até pra dormir sem ventilador. Quem me conhece sabeque isso pra mim é praticamente uma impossibildiade, já que eu preciso desesperadamente do aparelho pra dormir.

Depois de tanto esforço, tomamos banho e fomos almoçar no rodízio de churrasco, porque ninguém é condenado aqui. Nós merecemos, todo mundo deu um duro tremendo. Pelo menos ninguém passou mal! Amanhã eu posto o restante dos dias, que foram longos. E as aguardadas histórias individuais sobre os detalhes, que é o que tem mais graça.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Postagem inaugural na véspera

Estou indo embora da casa da minha mãe e vou morar sozinho, em uma atitude que é considerada por muitos kamikase e por outros um desatino, já que eu não tenho más-relações com a minha família, irei passar necessidade e não quis financiar um carro.

Por isso tudo, resolvi que vou narrar histórias ridículas da minha vida de morador solitário de um apartamento em Brotas, aquele que eu já chamo desde antes de ocupar de "rês-pública". Eu, como bom índio que sou, agora terei a minha oca particular, o nome deste blog.

Hoje é sexta (30), e na quinta começaram as movimentações oficiais pra mudança, com empacotamento de uma tonelada de coisas em caixas - que infelizmente foram poucas - e muita confusão. O apartamento da minha mãe está uma algazarra tremenda e depois das 19h estará um completo caos.

Os amigos virão fazer a mudança e disse que os pagaria com pizza e cerveja. Mas como já vi que a grana tá curta e que o mês vai começar queimando no sentido de contas (muitas) a pagar, peço desde já que, quando a minha cotinha terminar, juntem seus caraminguás e vão às várias birosquinhas em volta do prédio e comprem cervejas novas, senão não vai ter mais.

Prometo fazer o possível para tirar fotos para ilustrar as coisas que acontecem. Garanto que histórias não faltarão, pois eu nem mesmo cheguei lá e já tem coisa acontecendo, a exemplo de um vizinho safado que rouba a minha vaga na garagem e terá um processo disciplinador caindo nele muito em breve.

IMPORTANTE OBSERVAÇÃO: Aceito templates mais adequados a este blog, cortesia dos amigos que são bons com a informática. Eu sou muito talentoso mesmo é em apertar botão.